ABSTRACT
Objetivos: investigar a ocorrência de disfagia e o risco de broncoaspiração em pacientes hospitalizados com doença pulmonar obstrutiva crônica, e verificar se há associação com as características sociodemográficas, clínicas, do sistema estomatognático e da dinâmica de deglutição. Métodos: estudo descritivo observacional e retrospectivo com coleta de dados no prontuário eletrônico. Foram avaliados 27 prontuários de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, internados em um hospital público de Minas Gerais no período de julho de 2012 a julho de 2015 e com avaliação de deglutição. Para verificar a presença de disfagia e o risco de broncoaspiração foi utilizado o protocolo The Mann Assessment of Swallowing Ability. Foram consideradas associações estatisticamente significantes aquelas cujo p-valor foi ≤ 0,05 e intervalo de confiança de 95%. Resultados: Dos 27 pacientes avaliados pela equipe de fonoaudiologia, 41,7% tinham disfagia, sendo a gravidade leve mais prevalente (82%) e 19% tinham risco de broncoaspiração. Não houve predomínio de alguma fase da deglutição alterada. Houve associação entre presença de disfagia e a cooperação do paciente, e o risco de aspiração com o tempo de trânsito oral. Conclusão: Os resultados mostraram relação entre disfagia e risco de aspiração em pacientes internados com doença pulmonar obstrutiva crônica, sugerindo a necessidade de investigação da dinâmica da deglutição durante a hospitalização.
Objective: To investigate the occurrence of dysphagia and the risk of bronchoaspiration in hospitalized patients with chronic obstructive pulmonary disease and to verify if there is any association between the severity of dysphagia and the risk of aspiration with sociodemographic aspects, clinical characteristics, stomatognathic system and swallowing dynamics. Methods: descriptive observational study using the retrospective type of electronic data collection. We evaluated 27 medical records of patients with chronic obstructive pulmonary disease admitted to a public hospital in Minas Gerais in the period from July 2012 to July 2015 and with swallowing assessment. To verify the presence of dysphagia and the risk of bronchoaspiration the protocol The Mann Assessment of Swallowing Ability was used. Statistically significant associations were those whose p-value was ≤ 0.05 and 95% confidence interval. Results: Between the 27 patients evaluated by the speech-language pathology team, 41.7% had dysphagia, with light severity being the majority (82%) and 19% had a risk of bronchoaspiration. There was no predominance of any phase of altered swallowing. There was an association between the presence of dysphagia and patient cooperation, and the risk of aspiration with oral transit time. Conclusion: The results showed a relationship between dysphagia and aspiration risk in hospitalized patients with chronic obstructive pulmonary disease, suggesting the need to investigate the dynamics of swallowing during hospitalization.
Objetivos: investigar la ocurrencia de disfagia y el riesgo de broncoaspiración en pacientes hospitalizados con enfermedad pulmonar obstructiva crónica y verificar si hay asociación con las características sociodemográficas, clínicas, del sistema estomatognático y la dinámica de la deglución. Métodos: Estudio observacional descriptivo de tipo retrospectivo con recogida de datos en registros médicos electrónicos. Se evaluaron 27 registros médicos de pacientes con enfermedad pulmonar obstructiva crónica, internados en un hospital público de Minas Gerais en el período de julio de 2012 a julio de 2015 y con evaluación de deglución. Para verificar la presencia de disfagia y el riesgo de broncoaspiración se utilizó el protocolo The Mann Assessment of Swallowing Ability. Se consideraron asociaciones estadísticamente significativas aquellas cuyo valor de p fue ≤ 0,05 e intervalo de confianza de 95%. Resultados: De los 27 pacientes evaluados por el equipo de fonoaudiología, el 41,7% tenían disfagia, siendo la gravedad leve más prevalente (82%) y el 19% tenían riesgo de broncoaspiración. No hubo predominio de cualquier fase de la deglución alterada. Hubo asociación entre la presencia de disfagia y la cooperación del paciente, y el riesgo de aspiración con el tiempo de tránsito oral. Conclusión: Los resultados mostraron relación entre disfagia y riesgo de aspiración en los pacientes hospitalizados con enfermedad pulmonar obstructiva crónica, lo que sugiere una necesidad de investigación sobre la dinámica de la deglución durante una hospitalización.